segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lupe Duailibe - O Vermelho "IMPRENSA" Diário do Nordeste 3° Caderno



DIÁRIO DO NORDESTE
3° CADERNO
01 de Novembro de 2004. Fortaleza, Ceará.


Divulgação

LUPE DUAILIBE: “Esse CD é mais autoral, mostrando a minha cara”

MÚSICA

A canção é VERMELHA.
Com 18 anos de presença certa entre os palcos da noite de Fortaleza, a cantora e compositora Lupe Duailibe está lançando seu segundo disco autoral.“Vermelho” traz 11 canções, privilegiando as criações da artista. O timbre suave de Lupe Duailibe, em interpretações sensíveis e envolventes, já é bem conhecido dos freqüentadores da noite fortalezense. Afinal, apesar de jovem, a cantora já contabiliza nada menos que 18 anos dedicados à lida dos sons pelos bares da vida alencarina, nem sempre gratos com os artistas que a escolhem como palco.
De 1999 pra cá, porém, essa trajetória sofreu algumas mudanças, com a decisão de buscar com mais afinco a diferenciação de um trabalho autoral.“Cantar na noite, às vezes mesmo em um espaço enorme, lotado, mas sem ninguém prestando atenção, te desgasta muito. Às vezes, tem pouca gente, mas todo mundo atento ao show. Aí é uma alegria”, testemunha Lupe, agradecendo à amiga e produtora Carla o incentivo para buscar vôos mais altos. “Ela me deu muito gás, pra fazer meu primeiro disco, trabalhar mais o meu lado autoral, enfim, fazer um trabalho próprio, me mostrando mais como artista”, conta Lupe, revelando que só a partir de então resolveu partir para escrever suas próprias canções.
Agora, Lupe apresenta ao público “O Vermelho”, seu segundo CD autoral, depois do álbum inicial (“Se parar cai”, de 2000) e de um disco-demo intermediário, gravado no início deste ano, com o objetivo de ajudar a viabilizar o novo trabalho. “Esse CD é mais autoral, mostrando a minha cara, tanto nas composições quanto na interpretação”, avalia Lupe, pontuando que, entre gravações e produção, levou cerca de um ano para preparar o novo “rebento”. “Esse tempo foi usado, por exemplo, pra preparar os vídeos que mostro nos shows de lançamento. São clipes que eu mesmo dirigi, roterizei, editei... Eles contextualizam os shows, fazendo com que o público entre mais na essência das canções”.
Entre os músicos que atuaram no CD, o guitarrista Lu de Souza responde pela direção musical. Outros músicos que participaram do disco e vêm atuando nos shows de lançamento são Renno Saraiva (teclados), Miquéias dos Santos (baixo), Rodrigo Gondim (violão aço) e Adriano Azevedo (bateria). Segundo Lupe, o novo álbum tem um conceito temático comum entre as canções. “O disco se chama ‘Vermelho’ porque é a cor que lembra amor, paixão, perigo, e todas as músicas falam disso. E dá trabalho falar de amor sem ser piegas, não é fácil”, aponta. No CD, canções da própria Lupe (como “É sempre assim”, “A tenda” e “Fractais”), além de contribuições de colegas compositoras, como Valerie Mesquita (“Teus sinais”) e Jeanne Sampaio (“Por ninguém”, “Sem sentido” e “Notre vie”, esta parceria com Lupe). “É um CD bem popular. Você escuta e não tem dificuldade de assimilar nem as letras, nem as músicas. É uma verdadeira arte, fazer coisas acessíveis, gostosas de ouvir, simples, sem cair no simplório”, destaca.Entre obras consagradas, Lupe tomou o cuidado de escolher canções menos óbvias. Caso de “Giz” (que Renato Russo definia como sua melhor canção), “Canção sem seu nome” (da gaúcha Adriana Calcanhotto) e “Isso é para dor”, de Angela Ro Ro. “Essa música eu já cantava desde 86, porque gosto muito. Ela foi inclusive censurada, impedida de tocar em rádio. No meu disco, ficou uma guarânia muito bonita”, Lupe comenta, acrescentando: “Gosto de ouvir coisas diferentes do que toca em rádio. Você descobre canções maravilhosas, que a maioria das pessoas não tem oportunidade de conhecer”. Vale ainda destacar o encarte, que traz as letras cifras, convidando a arriscar um violão.
Atualmente, além de se apresentar regularmente no América Grill (às quartas-feiras, na R. Nunes Valente, próximo à Av. Pontes Vieira) e no tradicional bar Habeas Copus, no Montese, Lupe prepara seu primeiro DVD, com o registro do show realizado no Dragão do Mar em 6 de outubro último, quando mostrou pela primeira vez o repertório de “Vermelho”. “Vejo uma evolução na minha trajetória, como artista e como produtora. A gente não fica esperando, procura fazer acontecer, chegar no mercado. Mas sempre mantendo a satisfação pessoal, que é o que mais importa”, diz Lupe. Com motivos de sobra para seguir cantando.SERVIÇO - “O Vermelho” - Novo CD de Lupe Duailibe. Ao preço de R$ 15,00, pode ser adquirido na livraria Norus, no Center Um, e na barraca América do Sol, na Praia do Futuro. Informações: 9909-3022 / 3283-1398 .

© 2002 Editora Verdes Mares.

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